junho, 2018
29jun21:3022:30Criação21:30 - 22:30

Detalhes do Evento
CRIAÇÃO «Ser da mesma criação é ser do mesmo tempo e do mesmo lugar, é ser das mesmas pessoas e das mesmas primeiras descobertas, é ser dos mesmos primeiros caminhos, dos mesmos
Detalhes do Evento
CRIAÇÃO
«Ser da mesma criação é ser do mesmo tempo e do mesmo lugar, é ser das mesmas pessoas e das mesmas primeiras descobertas, é ser dos mesmos primeiros caminhos, dos mesmos primeiros sabores, das mesmas primeiras piadas, dos mesmos primeiros terrores. Dos mesmos primeiros horrores e ter sobrevivido.»
UMA CRIAÇÃO SEM PINÇAS
A família: coração profanado da sociedade, apesar de sempiternamente sacralizado, como se não fosse o palco das primeiras relações de poder e dos primeiros horrores, de que a maioria nunca mais recupera. Núcleo doente, por melhor, mais “normal”, mais são que pareça. Foi este o tema que, até certo ponto do processo de modo inconsciente, quisemos trabalhar, partindo da experiência e da memória (ou das suas representações) do que é ser irmão.
Muito depressa vimos a palavra fraternidade, tão virtuosa, a desaparecer, engolida por toda a sorte de sentimentos menos nobres, logo abafados pela culpa. Aos poucos, enquanto construíamos o que ainda não sabíamos bem o que era, tacteando nos nossos espíritos e corpos, a família foi surgindo no espectro largo de aparições em que é pródiga – omnipresente. E vários problemas, transversais às gerações, se instalaram no processo criativo – por não ser possível contorná-los, por desejo de os expor, para os conjurar.
Teatro societal, Criação revisita tempos e problemas que persistem, não sem trágico mistério, nem sem revolta, nas famílias actuais, e põe em cena a pedofilia, tantas vezes exercida no seio da família, ou na sua proximidade, com o consentimento calado de todos. O lugar que devia cuidar e proteger, agride e abusa, expondo a miséria moral que se oculta nas traseiras das casas, promiscuamente contíguas a outras casas, ao lado das couves e das galinhas. Mas não só, porque seria impossível falar de miséria sem falar de desigualdade e de injustiça social.
Uma criação sem pinças.
Direcção e Encenação Joana Sabala Texto e dramaturgia Sarah Adamopoulos (a partir de ideias e processos em criação colectiva) Com Afonso Pinto, Ana Rita Ferreira, Carolina Vargas, Clara Simões, Cristiana Francisco, Daniela Monteiro, Francisca Paiva, Francisco Tuhtenhagen, Helder Silva, Íris Pitacas, João Monteiro e Madalena Raimundo Desenho e operação de Luz Sandro Esperança Design Gráfico Alice Prestes Cenografia Catarina Pé-Curto
Site wordpress https://actosurbanos.wordpress.com/
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Hora
(Sexta) 21:30 - 22:30
Local
Teatro-Estúdio António Assunção
Organizado por
Teatro Extremo