Event Type : Oficina

CONTAR HISTÓRIAS FIO A FIO . O MUNDO DO ESPECTÁCULO

OFICINA CONTADOR DE HISTÓRIAS

2 de Maio a 4 de Junho

As histórias são fios que nos ligam, a nós mesmos, dando-nos a perceção e conhecimento da nossa história. São fios que nos interligam ao outro, num determinado espaço e tempo.

O acto de contar é propôr-se a rasgar o silêncio e provocar, no outro, emoções através do eixo da relação. O ofício da palavra é um fiar, infindo. É procurar-se a si próprio em todas as suas certezas, dúvidas, convicções, ideais, alicerces e geografias emocionais em busca de pontes para fiar o encontro com o outro. É necessária uma constante leitura, da escuta que nos rodeia, do espaço, dos tempos e de um espaço indelével que cada um habita quando conta. A proposta de formação busca contribuir para que cada participante possa encontrar o fio da própria voz através de uma experiência coletiva, e de construção singular.

Bru Junça é Licenciada em Educação de Infância e Pós-Graduada em Livro Infantil pela Universidade Católica de Lisboa. Como mediadora de leitura e contadora de histórias participa em vários encontros nacionais e internacionais, quer a nível performativo quer a nível formativo, trabalhando com várias faixas etárias. Criadora da marca Conto por Ponto, livros de pano artesanais inspirados em textos da tradição oral. Esteve envolvida na implementação das primeiras 9 bibliotecas escolares de Cabo Verde e numa rede de formação para professores, entre ilhas. Foi convidada pelo IPOR (Instituto Português do Oriente) em Macau para ingressar num encontro que visa a sensibilização da língua portuguesa Fez parte do projecto “Mamãs em Movimento” em Moçambique, levado a cabo pela associação AIDGlobal, trabalho que incide na promoção da leitura na primeira infância pelos e com os elementos da comunidade. Em Angola como mediadora de leitura e contadora de histórias ingressou num projecto social – Projecto Cuerama. De 2014 até à data leva a cabo um trabalho em continuidade com grupos de leitura em creche na Creche e Jardim de Infância Nossa Senhora da Piedade, Évora. De 2020 até à data integra a equipa artística do O MUS-E em Évora, projeto de âmbito internacional desenvolvido pela Associação Menhuin Portugal.Aquando a pandemia Covid-19 foi responsável pela Hora da Leitura do 1o e 2o Ano de Escolaridade no Estudo em Casa promovido pelo Ministério da Educação, transmitido pela RTP Memória. É Membro da equipa de especialistas do Observatório de Leitura.

Tâmara Bezerra é educadora e artista, investigadora pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa – Portugal. Dedica-se à pesquisa e partilha em narração oral de histórias no Brasil e outros países. Autora de literatura para crianças e jovens, é Contadora de Histórias Profissional com repertório que conta com forte influência da poética do sertão brasileiro. Atua como formadora de narradores orais e professora do ensino superior. Integra o grupo de estudos, pesquisas e partilhas com narrativas: Costureiras de Histórias (Brasil). Associada da Ações & Conexões Associação Cultural. Membro da equipa de especialistas do Observatório de Leitura.

Os formadores RUI AIRES nasceu em Aveiro, viveu no Porto, Lisboa e Madrid e desde 2015 está em Almada. Percussionista, cantor, produtor musical e sonoplasta. Nos últimos anos tem investido grande parte do seu tempo no estudo, interpretação e composição de música de raiz tradicional da península ibérica recorrendo às ferramentas digitais, voz e percussão tradicional. Destacam-se projetos como: “Charanga”, “TEM.PÔ”, ANDARILHO 2.0, “Eliseo Parra y Las Piojas”, Orquestra de Foles, entre outros. Professor de percussão tradicional na Escola de Musica tradicional do CCRAM – Corroios e Percussão de mão na Escola de música tradicional da “Associação Gaita de Foles”. MARIANA CORREIA, artista portimonense, expressa-se através das artes performáticas, com ênfase na música (voz e violoncelo), no teatro e na dança. Formada em Musicologia, mais tarde frequenta o curso de Voz na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas (Hot Clube de Portugal). Leciona aulas de voz, de danças de cariz tradicional e dirige o Coro-Matéria. Atualmente integra diferentes projetos, nomeadamente o coletivo InsanaCena com o projeto “O medo que nos move”, o elenco do espetáculo “Carta” de Mónica Calle, o duo “O lado de dentro”, “Um, dois, trio” – um baile para todos e a “Orquestra do Bairro” – uma criação para a comunidade, da Associação PédeXumbo.

A oficina Nesta oficina pretende-se aprender, experimentando, algumas técnicas e ritmos de alguns instrumentos de percussão tocados na península ibérica, tais como, caixas de rufo, bombos, adufes e pandeiretas. Instrumentos esses que costumam utilizar-se para acompanhar a voz, e por isso, aprender-se-ão também algumas canções associadas aos instrumentos de percussão que aqui se experimentam. Em simultâneo, nesta oficina procura associar-se o movimento corporal através de algumas danças de cariz tradicional, alguns jogos rítmicos de percussão corporal e finalmente, na combinação de todos estes elementos de uma forma criativa e divertida. No final da oficina far-se-á uma pequena apresentação musical com todos os participantes. Esta atividade que se vai promover em parceria com a Mostra Internacional de Artes, “Sementes”, em Almada terá também um momento de apresentação de final de ano do trabalho desenvolvido com os alunos do curso anual de Percussão e movimento que se realiza no seio da Associação Cultural o Mundo do Espectáculo.

Material a levar pelos participantes: Os formadores têm instrumentos que podem emprestar durante a oficina, mas aconselha-se que os participantes que tiverem instrumentos de percussão que os levem.

Oficina artística . dos 6 aos 12 anos . Duração: 120 minutos

A companhia O nome da companhia remete a um confinamento artístico (“cerrado a cal y canto” significa “fechado a sete chaves” em espanhol), que culmina em uma nova produção. Cal y Canto Teatro nasce em 2002. A sua estética pessoal, sobretudo no teatro de rua, resulta da aposta dos seus fundadores, Ana Ortega e Marcos Castro, para uma obra de criação própria, onde inventam novas linguagens, surpreendendo sempre o público. As peças de Cal y Canto Teatro foram apresentadas em festivais de renome em todo o mundo: Espanha, Polónia, Canadá, Taiwan, Coreia do Sul, França, Itália, Holanda, Bélgica, Colômbia, Israel…

A oficina Oficina de pipa, esculturas aéreas e pequenos “animais voadores” feitos com materiais recicláveis. Fazendo um pouco de história, a origem do uso de qualquer coisa para fazer um objeto artístico deve ser encontrada nos inventores do cubismo. Picasso e Braque, liquidado o sistema tradicional de representação plástica, reconstruíram sinteticamente a imagem com pedaços retirados diretamente da realidade (por exemplo, uma página de jornal). A partir da liberdade na construção do objeto, acabaram-se os obstáculos materiais no fazer cerâmica e invenções artísticas com qualquer coisa. Os participantes da oficina e as suas esculturas criadas durante a sessão, integrarão, como parte do elenco, o espetáculo “The Wind Garden (O jardim do vento)” da Companhia Cal y Canto, que será apresentado no mesmo dia às 18h00, no Parque da Paz, em Almada.

A formadora Catarina Pé-Curto (n.1977) Frequentou o curso de Arquitetura de Interiores da Universidade Nova de Lisboa. Atualmente estuda Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Completou cursos de Cinema de Animação de Volumes (Fundação Calouste Gulbenkian), Fotografia, Iniciação ao Teatro, Gravura (Mestre Marçal), Animação para a Infância e Educação Criativa. Trabalhou como designer, fotógrafa e ilustradora para a Companhia de Teatro de Almada, Centro Cultural Malaposta, Teatro Fórum de Moura e Teatro Extremo, entre outros. É ilustradora e designer do Festival Sementes desde 2004. Para publicidade, realizou cenografias e mascotes publicitárias. Colabora regularmente com o Festival Amadora BD e com outras entidades na concepção de espaços expositivos. Foi fundadora do grupo de teatro A Lente – Teatro de Aumentar, e também dos grupos Teatro de Areia e Núcleo de Marionetas, da Associação O Mundo do Espectáculo. Trabalha regularmente como criadora e formadora nas áreas de marionetas, figurinos, adereços e cenografia, tendo integrado espetáculos de Ângela Ribeiro, Francis Seleck, Maria João Garcia, Victor Hugo Pontes, Companhia de Teatro de Almada, Companhia de Dança de Almada, entre outros.

A oficina Construção coletiva de uma maquete de cidade em cartão e papel colorido, com colagem e carimbo de elementos decorativos ou informativos. Reflexão coletiva sobre as utilizações do espaço urbano e a criação de espaços de ar livre para os indivíduos, comunidades, plantas e animais.